Conversa oral informal e linguagem vaga - "um bocado" e "um bocadinho": contributos para o ensino do português língua estrangeira

Authors

  • Isabel Margarida Duarte
  • Ângela Carvalho

Abstract

Usamos, no discurso oral informal, linguagem vaga normalmente mais adequada aos objetivos da comunicação do que uma linguagem precisa, dado que a primeira permite focalizar a informação que, estrategicamente, realiza os objetivos do locutor. Protege quem fala de responsabilidades, permitindo igualmente economizar do ponto de vista enunciativo e textual. A vagueza contribui ainda para que o falante goze de velocidade e fluidez de elocução. Com este texto pretendemos, pois, contribuir para um maior conhecimento da linguagem vaga no âmbito do Português Europeu Contemporâneo, apresentando um estudo exploratório com os seguintes objetivos: (1) destacar duas expressões linguísticas de vagueza da categoria quantificadores vagos, atenuadores, mitigadores (“um bocado” e “um bocadinho”) e estudar o seu valor pragmático; (2) analisar estas expressões, em corpora, que não se limitam à quantificação vaga, mas que desempenham igualmente outras funções; (3) apresentar algumas propostas didáticas para a sua abordagem, tendo em conta as dificuldades que podem colocar a aprendentes de Português Língua Estrangeira (PLE), a nível de compreensão do oral.

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Published

2017-12-01

How to Cite

Margarida Duarte, I., & Carvalho, Ângela. (2017). Conversa oral informal e linguagem vaga - "um bocado" e "um bocadinho": contributos para o ensino do português língua estrangeira. Portuguese Language Journal, 11. Retrieved from https://portugueselanguagejournal.com/index.php/home/article/view/13