Conversa oral informal e linguagem vaga - "um bocado" e "um bocadinho": contributos para o ensino do português língua estrangeira
Abstract
Usamos, no discurso oral informal, linguagem vaga normalmente mais adequada aos objetivos da comunicação do que uma linguagem precisa, dado que a primeira permite focalizar a informação que, estrategicamente, realiza os objetivos do locutor. Protege quem fala de responsabilidades, permitindo igualmente economizar do ponto de vista enunciativo e textual. A vagueza contribui ainda para que o falante goze de velocidade e fluidez de elocução. Com este texto pretendemos, pois, contribuir para um maior conhecimento da linguagem vaga no âmbito do Português Europeu Contemporâneo, apresentando um estudo exploratório com os seguintes objetivos: (1) destacar duas expressões linguísticas de vagueza da categoria quantificadores vagos, atenuadores, mitigadores (“um bocado” e “um bocadinho”) e estudar o seu valor pragmático; (2) analisar estas expressões, em corpora, que não se limitam à quantificação vaga, mas que desempenham igualmente outras funções; (3) apresentar algumas propostas didáticas para a sua abordagem, tendo em conta as dificuldades que podem colocar a aprendentes de Português Língua Estrangeira (PLE), a nível de compreensão do oral.
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